sábado, 28 de agosto de 2010

Para o mundo que eu quero descer na pracinha!

Gente, quanta coisa numa única cabeça gestante.
Medo, insegurança, ânimo, tristeza, ansiedade, tranquilidade...
Aí a gente fica nessa oscilação de pensamentos e humor. Chora à toa (à toa é o escambau!) e ri demais.
Calor e frio são sinônimos e antônimos, depende do minuto. Sim, porque num minuto tá todo mundo roxo, encapotado, e eu lá fresca como numa tarde de primavera. E no outro minuto eu me enfio nas cobertas até a orelha e bato os dentes.
Aí nasce o filho da prima, que eu acompanhei tão de perto dentro da barriga e quero acompanhar tão de perto quanto aqui do lado de fora.
Aí tem consulta com a GO e ela fala que engordei demais no último mês (fruto do descaso o car@¨#*, eu tava de repouso por causa do pé, e se como e durmo, engordo mesmo... metabolismo lento é uma meleca); que ter mais enjoo no segundo trimestre não é comum mas é normal (oi?), e que acontece; e a pior notícia do dia: eu não posso ir pra Hidro ou pro Pilates, como previa, porque minha placenta está baixa e eu devia fazer um leve repouso (quer dizer, eu posso me desgastar no trabalho, mas Pilates eu não posso!). E lá se vai meu sonho de ser uma grávida saudável, de ter uma vida tranquila e de um parto normal.
Ela falou pra eu fazer a ultra de hoje com a desculpa de ver a placenta, se já subiu. E aí aproveitava pra ver o sexo. E eu achando que ia lá, linda e formosa, só ver se é menina ou menino.
Aí venho com tudo isso na cabeça, hormônios no sangue, e um bebê que tem coração e cérebro na minha barriga, contando um causo pro marido e percebo que ele não tá prestando atenção (sim, dá pra saber... é só falar de uma rua por onde vocês sempre passam e perguntar "sabe?"; se ele responder que não, é porque não ouviu uma mísera palavra do que você disse). Eu sempre esqueço dessa miséria que é o cérebro masculino, que é incapaz de acertar o buraco do vaso com o xixi ou de dirigir e conversar ao mesmo tempo. Eis que eu reclamo que ele não tá prestando atenção em NADA e ele GRITA: Eu to dirigindo e tá trânsito!!!
Hormônios pra que te quero? Lá vou eu ter um baby blue?
Comecei a chorar e só parei chegando em casa, porque minha mãe estava aqui e não precisava ver minha cara vermelha e inchada.
Mas depois ele veio, cheio de dedos, pedir desculpa. Ele sabe quando pisa na bola. Isso ele consegue fazer ao mesmo tempo que outras coisas.
Bom... aí eu não dormi direito, chorei de madrugada, acordei com dor na barriga e no pé (inchado até a morte) e chorei no colo dele. E resolvi não ir trabalhar. Porque eu não vou ficar chorando no banheiro e explicando minha cara vermelha inchada pra ninguém.
E quando me sentia melhor, fui à casa da minha prima ver o bebê e fazer umas fotos. Gente, que coisa pequena e delícia!!! Boca de coração, olhos puxados, sobrancelhas loiras... Branco como a família de onde veio, branco assim... azuladinho, sabe? rs
Aí abraço o primogênito da família (o neto mais velho veio da filha mais nova... a neta do meio veio da filha do meio... e o neto mais novo veio da filha mais velha), e me dá uma vontade louca de ter logo 3 ou 4 filhos... pra ter aquele monte de abraço em casa todos os dias...
Então eu durmo, feliz depois de um dia abençoado ao lado da família linda que Deus me deu, e de uma noite tranquila com o marido que Ele me mandou.
E acordo 4h20 de um sonho estranho e real. Morrendo de medo de ser verdade. Eu, grávida de 19 semanas, concebia gêmeos de umas 6 ou 7 semanas, pelo formato deles no video da ultrassom. Ótimo, eu pensava. Agora que eu não vou mesmo ter parto normal, e não vou ter chance nunca mais, já que 3 de uma vez vai ser suficiente pra minha vida.
E os medos? Deus, não faça isso comigo!!! Acho que eu morro! O marido, no sonho, adorava a notícia... nem pensava nas adaptações pelas quais nossa vida teria de passar. Mais 2 berços, 3 vezes o número de fraldas, 3 bocas pra amamentar, e eu só tenho 2 seios, graças à natureza perfeita que não me deu 4 pares de tetas como nos outos tantos mamíferos.
Aí eu não consegui mais dormir...
E eu lembrei do Renato, do blog Diário Grávido, que passou por medos durante a gravidez da mulher... e agora passa por tudo de novo, com mais intensidade, já que 3 crianças comem mais do que duas! Pobre Renato... sorte a nossa, que teremos mais um livro. Eba!
Bom, tudo isso sem contar que eu espirro e a barriga dói. Eu tusso, a barriga dói. Eu vou ao banheiro e não sai nada, porque o intestino está preso e nem Activia resolve. E meus seios pararam de doer, mas apareceram estrias. E na barriga, que nem cresceu tanto assim ainda, já tem 3 pontinhos vermelhos lá embaixo apesar dos litros de cremes.... aff!
Para o mundo que eu quero descer. E vê se para na pracinha?
Vamos parar com as reclamações agora, faz favor?
Vamos ver uma foto linda do menino lindo que me inspirou tanto essa semana?

A mamãe Helena e o lindo Davi. Amado por todos nós, e com certeza um dos bebês mais calmos que já vi na vida. Já falei com a pança: aprende com o priminho, tá, nenê? Mamãe agradece.
Ele dorme bem, não chora quase, e mama direitinho. É econômico e tenta comer o "queijinho" da regurgitação. rs
Lindos, amo vocês dois, viu?
E uma outra hora eu mostro as artes que nós duas fizemos pra decoração do quarto e as lembrancinhas.
Obrigada por aguentarem meus desabafos, mas é que "das veiz" a gente cansa, né?
Beijocas

PS: Volto mais tarde para contar o resultado da ultra. ;)

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